Wednesday, November 28, 2012

Os elementos do Hip-Hop apresentados em forma de entretenimento no Ascendente Bar
(Avenida Acordos de Lusaka, próximo a paragem da praça dos Herois)

Friday, November 23, 2012




Entrevista com NVUKO aka Black C



(xapa100music) – Quem é Black C/NVUKO?

Black C/NVUKO: Nvuko é um espírito vingador, como sabes em África existem mitos de que a morte não é natural, então após a cerimónia fúnebre a família do(a) falecido(a) faz uma outra cerimonia para saber qual foi a causa da morte do seu parente, onde estará um vidente (curandeiro) que dirá qual foi a causa e apanha o espírito mau (Mufemba), e para tal o vidente evoca o espirito vingador (Nvuko) que devolve a maldade para o inferno. Eu inspiro me no Nvuko para defender os direitos civis e direitos do liricismo…. (risos)






(xapa100music) – Quando é que se interessa pelo rap e começa a reppar?

Black C/NVUKO: Bom… eu ‘‘caso me’’ com rap lá para os anos 1993 na rua Valetim Siti onde nasci, na altura ouvindo rappers como os N.W.A, Black Moon, Public Enemy, Gangstar, Fushnikers, Lords of the Underground, Wu Tang, Black Company entre outros mestres. Agora pelo microfone apaixonei me por ele em 1995, na altura fazia parte do grupo O.N.B onde também fazia parte o meu negro The Real B, depois aperfeiçoando a arte na escola com mcs como Cyd Underground, que na época fazia parte do grupo Ghost Sonorous Rappers.
Na rua improvisando com rappers como 1788 (um sete duplo oito), A-sing, Master Improvisa (Shackal o Mineiro Mc), Suky, Kriminal (G.O.R.D.O), Original Twa, K Z e outros mestres que dropavam na altura,  no Long Beach rap Show e outras casas que promoviam o rap (Big up).


(xapa100music) – Fez parte da JGC (Jungle Ground Crew) e do bloco 12-90 pode nos falar um bocado dessa experiência?

Black C/NVUKO: Hey J.G.C, grande escola de rappers posso assim dizer, porque foi neste grupo onde amadureci a arte Hip-Hop. Foi lá onde comecei a olhar a música com outros olhos, porque nós tínhamos um sentimento em comum, aregassavamos as mangas e fazíamos algo pela cultura, intercâmbios no Bloco 12-90 com rappers nacionais e internacionais, sabes como é trabalhar em grupo não é nada fácil em qualquer parte do mundo mas prontos agora só ficaram cicatrizes… (risos) 1


(xapa100music) – É o único membro da JGC que continua no activo?

Black C/NVUKO: Não meu negro, os verdadeiros MC’s nunca deixam de estar no activo alguns ‘‘ibernam’’ mas continuam a cuspir em festas, nas ruas e até em bastidores de espectáculos. Mas na J.G.C temos o meu negro G.M.C por reconhecer que ainda está no activo one love.


(xapa100music) – Sabemos que faz parte da Mhuyve, quem são e quando é que juntou-se ao grupo?

Black C/NVUKO: Yeah bro, eu sou Mhuyve Consciente desde 2004.
Junto me ao colectivo por convite de amigos de infância com raciocínio independente e inteligente de consciencializar as massas. Portanto nesta tripulação fazem parte poetas como o Tira Teimas, Elfas on the mic, Massa Cinzenta, G.O.R.D.O (poeta e produtor), M.A.K. Da P (produtor) e Killa Daninhas

(xapa100music) – Brevemente irá lançar a sua primeira mixtape intitulada Obras Perdidas porquê a escolha deste título?

Black C/NVUKO: Hey, boa pergunta meu negro, sabes este foi um dilema que nem sei por onde começar, mas prontos foi acontecendo tanta coisa em volta desta obra que já deveria ter saído a muito tempo atrás, tivemos problemas de falta de arquivos ou seja na altura muita coisa ficou perdia em estúdios, maquetes, e nem tudo foi possível resgatar, desde instrumentais a musicas já misturadas e outras por misturar, daí que ficou o título da mixtape ‘‘Obras Perdidas’’.


(xapa100music) – O que podemos esperar em termos de abordagem ou seja que mensagem traz em Obras Perdidas?

Black C/NVUKO: As Obras Perdidas relatam a realidade moçambicana a preto e branco, os desafios da juventude, os obstáculos para o triunfo das massas, a criminalidade, corrupção entre outras coisas que inquietam esta nação.


(xapa100music) – Quantas faixas têm Obras Perdidas?

Black C/NVUKO: A obra tem 10 faixas musicais e 5 skits totalizando 15.




(xapa100music) – Quem o acompanha na mesma em termos de participações e produtores?

Black C/NVUKO: Bom em termos de produtores contei com o produtor oficial deste projecto o rapper e produtor G.O.R.D.O (kanimambo) que produziu maior parte das instrumentais, outro meu produtor que participa na obra é o M.A.K da Produça, que produziu 2 instrumentais, tem também o Ticana e o TNT com uma faixa produzida por cada um deles.
Em termos de rappers contei com o Shackal, Nhez, Phokopela, Fig Dela Virgem, Ras Kupa, Telex Cossa, Ras Skunk, Jerryo, Slang, Arkivo Vivo, Kactivo Activo, A Sing e o meu negro Burro Velho big up.



(xapa100music) – Quando é que será o lançamento de Obras Perdidas?

Black C/NVUKO: O lançamento das Obras Perdidas será no dia 24 de Novembro de 2012 no café bar Gil Vicente as 18h. E terei como convidados Sick Brain, Real Vice, Mhuyve, Bairro Negro, terei como dj o meu negro M.A.K Da P, e como apresentador da cerimónia meu negro Tira Teimas.

(xapa100music) –O que acha do actual cenário da música RAP em Moçambique?

Black C/NVUKO: Bem eu acho que está minimamente bem, vejo vários artistas preocupados em lançar suas obras, curto ‘‘maningue’’ a ideia de feira de instrumentais, lá temos a oportunidade de conhecer vários bons produtores, estou também a ‘‘gramar’’ da ideia dos rappers da capital pois a mais de 6 meses que não há um final de semana sem concertos de Hip-Hop, é louvável esta atitude. Mas atenção para alguns promotores de espectáculos ‘‘não chamem sempre os mesmos artistas’’.
Viva o RAP Moz


(xapa100music) – Nvuko teve o previlégio de ser o primeiro artista entrevistado pela xapa100music, o que acha da nossa iniciativa de divulgar e promover a música Moçambicana com particular enfoque para o Hip-Hop/RAP?

Black C/NVUKO: Sabes meu negro, é bom quando no fundo do poço aparece uma luz se posso assim dizer, porque os artistas no geral precisam de um espaço para mostrar o que sabem fazer, portanto esta iniciativa é de louvar, já há muito que a comunidade precisava de blog’s do género. Eu pessoalmente abençoou esta iniciativa rumo ao progresso do rap nacional, e vou pedir aos fazedores desta arte pra que adiram.


(xapa100music) – Chegamos ao fim da nossa conversa, algumas considerações finais?

Black C/NVUKO: Em primeiro agradecer a todos que lutaram comigo para que esta obra saísse para as ruas. Agradecer a B Records pela masterização final e pelo espaço que me tem cedido kanimambo, ao Mbokoda o engenheiro responsável pela parte gráfica, aos produtores que fizeram fizeram as instrumentais kanimambo, não me esquecendo do MC’s, as rádios televisões que divulgam o Hip-Hop, aos meus negros do bloco Muthara vai um abarço bem forte, ao Burraz Kanimambo pelo suporte, ao meu grupo Mhuyve parceria consciente one love, a Luz Divina Produções, Nay Scratch, Jerryo, Dog Dog, Z-I, a minha família obrigado por acreditarem em mim e a todos que directa ou indirectamente tronaram possível a ressurreição deste projecto. E parabenizar a xapa100music pela brilhante iniciativa.
PAZ…


Muito obrigado por disponibilizar o seu tempo para esta entrevista e desejamos lhe muito sucesso na sua vida profissional assim como particular.

Friday, November 16, 2012

Lançamento da mixtape do Black C aka Nvuko da Mhuyve
Sábado 24 de Novembro 2012
as 18h no Café bar Gil vicente
Com participação de Sick Brain, Bairro Negro, Mhuyve, Real Vice e muitas supresas
Entradas a 150Mt sem CD
Promo no dia do show Entrada e CD a 200Mt